Jackson Cionek
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Avatares Neurocientíficos de Percepção

Avatares Neurocientíficos de Percepção

A profundidade da sua pergunta modula as suas próximas percepções.
Em ciência com evidência, a “boa pergunta” não é só curiosidade: ela define o recorte, o desenho experimental e o tipo de dado que fará sentido.


Por que usamos Avatares

Nossos Avatares / Elementos / Mascotes existem para uma coisa simples (e poderosa):
um pesquisador que escolhe um avatar diferente tende a formular perguntas diferentes — e a ler os mesmos dados com lentes diferentes.

Isso é intencional.

  • O comportamento é multidimensional e sempre maior do que qualquer métrica.

  • A pesquisa mede recortes do comportamento em uma janela de tempo, num território, com instrumentos.

  • O avatar escolhido vira um “guia de recorte”: ele orienta o que perguntar, o que controlar, o que medir e como interpretar.


Conectomas em ação: Papel–Pedra–Tesoura

Nós agrupamos conectomas funcionais em 3 modos (com ponte direta para o “Pensar Rápido e Devagar”, do Daniel Kahneman):

 Tesoura — Pré-frontal / “Pensar devagar”

Recortar, classificar, cadastrar, catalogar, planejar.
Mais controle executivo, lógica e razão. Excelente para método — perigoso quando vira rigidez.

Pedra — Sensório-motor / “Pensar rápido”

Executar, replicar o conhecido, hábito, reação.
Pode ser movimento, fala, decisão rápida, defesa/ataque/fuga. Eficiente — perigoso quando vira piloto automático.

 Papel — Fruição + Metacognição (Zona 2)

Atenção ampla, regulação corporal, criatividade e reorganização crítica.
É o modo de alta performance com segurança psicológica: Fruição com metacognição.


Zonas 1–2–3 (onde isso se organiza)

  • Zona 1: vida normal em tarefa (mistura funcional de Tesoura + Pedra)

  • Zona 2: Papel (Fruição + metacognição), retorno ao corpo e ao pertencimento

  • Zona 3: sequestro por scripts/ideologias; silenciamento de interocepção e propriocepção (Pedra defensiva + Tesoura rígida, sem Papel real)


Nossos 08 Avatares 

1) Brainlly (Jellyfish) — Neurodinâmica Viva da Percepção

Representa: neurônios + glia + sangue (acoplamento neurovascular).
Perguntas que ele inspira: “Que padrão neurofisiológico acompanha este estado?” “Como o cérebro muda na transição Zona 1→2 ou Zona 3→2?”
Métricas típicas: EEG, fNIRS, SpO₂, pupila, tempo de reação.


2) Iam (Linhas contínuas) — Afeto, Motivação e Consciência em 1ª pessoa

Representa: estados afetivos, vínculos, motivações, emoções e sentimentos que moldam decisão e memória.
Perguntas que ele inspira: “O que regula ou desregula esse corpo?” “Que emoção curta está sustentando um sentimento estável?”
Métricas típicas: HRV, GSR, respiração, microexpressões, escalas breves.


3) Olmeca (Antropologia LatAm) — Cultura, história de vida e conectoma social

Representa: linguagem, hábitos, rituais, educação, classe, território cultural + desenvolvimento (inclui epigenética como ponte).
Perguntas que ele inspira: “Que parte disso é biografia e cultura?” “O mesmo estímulo significa o quê para pessoas diferentes?”
Métricas típicas: tarefas com contexto, entrevistas curtas, análise de narrativa, variáveis socioculturais.


4) Yagé (Estados de Consciência) — Troca de modo e metacognição aplicada

Representa: a capacidade de observar a própria percepção e flexibilizar constructos (valores, crenças, princípios).
Função central: é o avatar que ajuda a identificar e mudar Tesoura/Pedra para Papel (Zona 2) quando possível.


5) APUS — Corpo-Território / Propriocepção Estendida

Representa: o ambiente entrando no corpo: postura, gravidade, espaço, ritmo, respiração, “território como extensão do corpo”.
Perguntas que ele inspira: “Qual fator do ambiente reorganiza o corpo?” “Como o território altera foco, emoção e decisão?”
Métricas típicas: IMU/movimento, postura, respiração, HRV, mapas de trajeto.


6) Jiwasa — Sincronismo e Desincronismo entre DNAs em tarefa comum

Representa: acoplamento entre pessoas no mesmo bioma/tarefa: coordenação, conflito, coesão, contágio afetivo, timing social.
Perguntas que ele inspira: “O grupo está em Zona 2 coletiva ou Zona 3 coletiva?” “Onde há sincronia real vs sincronia por pressão?”
Métricas típicas: hyperscanning (EEG/fNIRS), HRV/respiração sincronizada, análise de fala/turn-taking.


7) Math/Hep — Ciência com evidência: relação e causalidade

Representa: desenho experimental, mensuração, controle de viés, inferência.
Ponto-chave: não basta correlação — o método precisa testar causalidade quando a pergunta exige.
Perguntas que ele inspira: “Qual variável eu manipulo?” “Qual resultado eu mensuro?” “Qual controle impede autoengano?”
Regra do avatar: uma hipótese testável por vez (Hep = “1”).
Frase-guia: Seu corpo sente. Seu cérebro aprende. A ciência mede. O experimento testa causalidade.


8) DANA (Avatar DNA) — Inteligência do DNA e organização viva em território

Representa: inteligência original da vida inscrita no DNA, regulada por ritmos, ambiente e pertencimento biológico.
Pontes diretas: com APUS (território regula expressão e estabilidade) e com Jiwasa (acoplamentos no mesmo bioma modulam dinâmica coletiva).
Perguntas que ele inspira: “Qual é a base biológica da regulação?” “Que condições sustentam estabilidade e criatividade (Zona 2) ao longo do tempo?”


Atualização contínua: Avatares como “lentes com bibliografia”

Para os avatares serem referências fortes em ciência com evidência, cada um deve manter um dossiê vivo de publicações.

Como funciona (prático):

  1. Toda nova publicação relevante entra como “evidência” de um avatar (ou de uma ponte entre avatares).

  2. Math/Hep valida: qualidade metodológica, variáveis, controles, limitações e o que é correlação vs causalidade.

  3. O resultado é simples: o avatar passa a orientar perguntas melhores e leituras mais consistentes dos dados.


Base científica mínima (por que os avatares existem):

  • Viés WEIRD e problema de generalização (Henrich et al., 2010; Nielsen et al., 2017). Cambridge University Press & Assessment+1

  • Cultura modula cérebro e desenvolvimento (Qu et al., 2021; Han, 2015). SAGE Journals+1

  • Pesquisa intercultural sem apagar o outro (Guimarães, 2019; Smith, 2021/2022).






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Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States