Tamara Nunes
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Controle Motor: Como o Corpo se Move

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Movimentar-se é uma das necessidade básicas humanas e de todos animais. A todo momento realizamos movimentos de forma consciente (voluntária) ou inconsciente (involuntária): caminhar, correr, nadar, sentar, piscar os olhos, respirar e deglutir são apenas alguns exemplos que podemos citar das várias ações motoras realizadas pelo organismo. 
 
Para tanto, o controle motor é um sistema complexo que envolve um conjunto de órgãos programadores, planejadores, executores e ordenadores, que inicia em diversas regiões cerebrais e termina na contração e relaxamento muscular.
 
Dessa forma, você já se questionou como o organismo e o cérebro humano trabalham para realizar as funções motoras? 
 
Neste blog, veremos as regiões corticais associadas ao controle motor dos músculos esqueléticos e toda a via nervosa responsável por carregar a informação motora.
 
Para facilitar o estudo neuroanatômico, cientistas dividem em 4 elementos fundamentais que participam da realização dos movimentos corporais voluntários: elementos efetores, ordenadores, controladores e planejadores.
 
Os elementos efetuadores ou efetores são responsáveis pela realização dos movimentos, são representados pelo músculos esqueléticos; os ordenadores dão o comando para a execução do movimento, eles são representados pelos motoneurônios da medula, que estão situados no corno ventral, e pelo tronco encefálico; os controladores são os responsáveis pela execução correta do comando dos movimentos e são representados pelo cerebelo e núcleos da base; e os planejados ou programadores que organizam todo o comando motor e são representados por diversas regiões corticais.

Alguns movimentos corporais são mais simples e estereotipados e não necessitam da ativação cortical para executar o movimento. Podemos citar os atos reflexos, ou seja, ações automáticas, como por exemplo: retirada rápida do dedo quando perfurado por um prego.


Entretanto, outros movimentos mais complexos e exigem uma programação do alto comando motor que envolvem o córtex cerebral e regiões subcorticais. A via descendente motora apresenta dois sistemas de controle: central e lateral. O sistema central descendente motor é responsável pelo controle da postura e do equilíbrio corporal, sendo capaz de comandar os músculos vertebrais e de regiões centrais do corpo. As regiões encefálicas responsáveis pelo controle do equilíbrio e da postura são os núcleos da base localizados no tronco encefálico e o cerebelo. Já a via lateral descendente do controle motor é responsável por enviar comandos para os músculos esqueléticos das regiões distais: membros superiores e membros inferiores. Essa via é controlada por estruturas corticais superiores, como o córtex motor primário (M1), localizado no giro pré-central do lobo frontal, área suplementar (MS), área pré-motora (PM) e a área motora cingulada (MC).



Após enviar os comandos do movimento, os impulsos elétricos descem toda a via motora e chegam ao músculos, que são considerados elementos efetores do movimento. Os músculos estão constituídos por fibras alongadas formadas por proteínas de filamentos finos e grossos. Ao receberem o potencial de ação (impulso nervoso), íons como o cálcio, sódio e o potássio são deslocados do seu local de origem e favorecem o processo de contração e relaxamento muscular. 
 
Dessa forma, toda a via motora é constituída por um conjunto de elementos nervosos e musculares capazes de trabalhar em sincronia a fim de promover o movimento corporal fisiológico.
 
Entretanto, quando essa via nervosa é afetada por patologias autoimunes ou tramas, podem gerar doenças e deficiências, tais como: esclerose lateral múltipla, esclerose lateral amiotrófica e a lesão medular. Condições que acometem os movimentos e incapacitam indivíduos. No entanto, diversas pesquisas científicas tem se dedicado a esse campo de estudo com o intuito de desenvolver terapias para essas condições patológicas.
 
Para essa e outras informações sobre neurociências, acompanhem as nossas postagens diariamente no nosso site.

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Referências
 
Robert Lente. Cem bilhões de neurônios. Conceitos Fundamentais de neurociência. Kandel. Princípios da Neurociência
 
Eric R. Kandel, James H. Schwartz, Thomas M. Jessell, Steven A. Siegelbaum, A. J. Hudspeth. Princípios de Neurociências. 5 edição.


A complexidade e os avanços da neurociência

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Jackson Cionek

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