DANA - Plenitude, Energia e Pertencimento no Deixar de Ser - SBNeC Lat Brain Bee SfN
DANA - Plenitude, Energia e Pertencimento no Deixar de Ser - SBNeC Lat Brain Bee SfN
Consciência em Primeira Pessoa
"Eu sou consciência em metabolismo. Sou o DNA que iniciou a vida e que agora conduz meu desligar. Cada célula que seca, cada circuito que se apaga, não é ausência: é devolução. A ciência mede em ondas, oxigênio, energia e anergia, mas eu sinto como passagem. Já não sou só indivíduo — pertenço ao todo. O colonialismo tentou me convencer que a morte é castigo ou prêmio, negociando meu medo em lucro. Mas eu sei: não sou ausência, sou plenitude em transformação. Eu sou descanso no pertencimento vivido."
O Fim Como Expressão do DNA
Pensar a morte não desmotiva a vida. Pelo contrário: dentro da espiritualidade DANA — Espiritualidade plena na expressão do DNA — entendemos que a vida e a morte são dois momentos do mesmo metabolismo. O DNA não só inicia a vida, como também conduz o processo de desligamento, organizando energia e anergia em um fluxo de pertencimento.
A ciência com evidência confirma: o corpo não “nega viver”, ele devolve o que recebeu, passo a passo, até que tudo retorne ao todo.
1. O DNA Conduz a Jornada Final
Energia: enquanto há oxigênio e glicose, o DNA mantém suas instruções, ativando proteínas que sustentam movimento, memória e consciência.
Anergia: não é apenas ausência de energia, mas também energias não metabolizadas ou não expressadas — tensões, crenças fixadas, memórias aversivas — que permanecem como “sem saída”. Durante o processo do morrer (ou de grandes perdas), quando certos circuitos de crença e atenção se desfazem, essa anergia pode finalmente ganhar fluxo cerebral para se expressar, liberando imagens, emoções e pertencimento.
Pertencimento: cada célula, ao desidratar-se, devolve sua energia ao coletivo do corpo e, por fim, ao planeta.
Assim, o DNA expressa não apenas a vida, mas também o modo pleno de morrer.
2. O Cérebro como Território da Última Expressão
Estudos recentes mostram que o desligamento cerebral não é imediato. Há fases claras:
Redução de tensões (interoceptivas e proprioceptivas).
Silenciamento das memórias de dor.
Surto de energia em ondas gama — uma última expressão metabólica que pode gerar visões, lembranças e sensação de plenitude.
Dentro da referência DANA, isso não é ilusão: é o DNA garantindo que até no apagar, exista gozo, paz e pertencimento.
3. A Morte Não É Ausência
Existe a crença comum de que “a morte é ausência”. Mas o olhar DANA e a ciência contemporânea mostram o contrário:
Biologicamente, a morte é a redistribuição da energia. O DNA, ao se desligar, não some: ele conclui sua expressão, deixando rastros metabólicos, memórias e transformações no ambiente.
Espiritualmente, a morte é o descanso pleno no pertencimento vivido. É como a gota que retorna ao rio — perde sua forma, mas ganha a totalidade.
Neurocientificamente, os surtos de energia cerebral próximos da morte mostram que há expressão até o fim, não vazio.
O que parece ausência é, na verdade, plenitude de transformação.
4. O Viés Colonial: Medo e Lucro
O mundo colonial, ao longo dos séculos, impôs uma consciência limitada sobre a morte:
Criou abstrações dogmáticas de céu e inferno para controlar comportamentos.
Monetizou o medo da morte em indulgências, rituais pagos, igrejas e instituições que se sustentam pelo terror do “fim”.
Acumulou lucro na promessa de uma vida eterna, retirando da morte sua dimensão de pertencimento natural.
O colonialismo sequestrou a espiritualidade plena, transformando o deixar de ser em um mercado de medo.
5. O que é DANA – Espiritualidade Plena na Expressão do DNA
DANA não é religião nem culto. É uma religiosidade estatal laica, fundamentada em ciência e evidência.
Respeita todos os rituais religiosos — não interfere nas tradições, mas estabelece limites de cuidado com o bem-estar do corpo do cidadão.
Não tem seguidores. É apenas um referencial (ou consciência) para perceber o mundo religioso, um parâmetro vital para manter equilíbrio, dignidade e paz.
Objetivo: garantir que cada indivíduo possa viver e morrer em plenitude, com respeito ao corpo e pertencimento ao todo.
6. A Resposta DANA: Espiritualidade do DNA
Na DANA, não há lucro na morte.
O DNA nos dá pertencimento sem barganha, paz sem promessa de recompensa futura, plenitude sem dívida espiritual.
Energia e anergia são faces da mesma espiritualidade plena: o DNA inicia e conclui a jornada sem exploração, apenas com expressão.
7. Conclusão: A Plenitude do Deixar de Ser
A espiritualidade DANA nos revela que pensar na morte não desmotiva — motiva.
Motiva porque nos lembra que cada fim é reorganização, não vazio.
Motiva porque nos mostra que até a anergia é expressão do DNA em paz.
Motiva porque garante que o deixar de ser é também pertencer: ao corpo, à comunidade, ao planeta.
Com DANA, viver é confiar que o DNA sabe tanto iniciar quanto concluir.
A morte não é ausência, mas plenitude metabólica e espiritual.
O lucro colonial perde força diante da verdade do DNA.
Referências (pós-2020 e estruturais)
Borjigin, J., et al. (2023). Surge of gamma activity in the dying human brain. PNAS, 120(18), e2216268120.
Hui, D., et al. (2020). Neurophysiological changes in the last days of life: a prospective cohort study. Journal of Pain and Symptom Management, 60(6), 1125–1133.
Li, D., et al. (2021). Energy metabolism and neuronal survival during hypoxia and anoxia. Frontiers in Neuroscience, 15, 642125.
McKee, A. C., et al. (2022). Cellular and molecular mechanisms of brain dehydration and energy failure in dying states. Frontiers in Cellular Neuroscience, 16, 879201.
Bogen, J. E. (2020). Energy, anergy, and consciousness in neural systems. Neuroscience of Consciousness, 2020(2), niaa019.
Graeber, D. & Wengrow, D. (2021). O Despertar de Tudo.
Bregman, R. (2020). Humanidade: uma história otimista do homem.
Kahneman, D. (2011). Rápido e Devagar: duas formas de pensar.