João Paulo Bezerra Fernandes
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Emoções podem modular o futuro

Os estudos da neurociências, mais especificamente, do neuromarketing vem elucidando o comportamento das pessoas no que diz respeito ao desejo de consumir ou ao impulso de comprar coisas. Por isso, muito se sabe a respeito da neuroeconomia do AGORA.


Mas você já parou para pensar se existe alguma relação das respostas imediatas a nível de cognição e emoção com opções de escolhas para o futuros, isto é, o nosso cérebro produz alguma reação antes de tomadas de decisões para eventos futuros? 

Em um estudo recente publicado pela Nature, cientistas buscaram entender se as reações presentes podem interferir na tomada de decisão de um evento futuro. Para isso, eles utilizaram o eletroencefalograma e eye-tracking em 32 voluntários.


Pensando em um modelo experimental que pudesse estabelecer relações com o futuro, os pesquisadores optaram por relacionar as respostas imediatas à destinos de viagens diferentes. Estes estímulos eram exibidos na forma de imagens, vídeos e também na forma de texto em uma tela posicionada em frente ao voluntário. 


Ao final da exposição de todos os estímulos, um questionário surpresa era dado para que os voluntários tivessem a sua memória e emoções testadas, respondendo sobre os destinos preferidos e quais imagens tinham sido expostas. 


Com os eletrodos do EEG posicionados em regiões frontais do córtex, foi possível medir a valência das emoções e fazer comparações entre as atividades de cada eletrodo. Além disso, também foi analisada a região responsável pela memória de trabalho.


Ao compilar todos os dados e segmentá-los de acordo com os estímulos fornecidos, foi percebido que as respostas aos destinos mostrados variaram de acordo com a emoção que era expressada pelos traçados do EEG. Assim, quando questionados sobre estudar fora, trabalhar fora, passar as férias ou indicar o destino à alguém, as emoções eram variadas e, logo, apresentaram diferentes resultados. 


Dessa forma, foi percebido que as emoções do presente podem impactar em escolhas futuras com alta significância. Ao relacionar as estatísticas das respostas dos voluntários com os objetivos, foi percebido alta correlação entre as variáveis. 


Dessa forma, será que não seria possível utilizar o EEG para prever nossas ações ou até mesmo desejos? 


Se tem uma ideia de desenho experimental, mas está com dificuldade de realizá-lo, entre em contato conosco para que possamos auxiliá-lo.


Referências


Karmarkar, U. R., & Yoon, C. (2016). Consumer neuroscience: Advances in understanding consumer psychology. Current Opinion in Psychology, 10, 160-165.


Ramsøy, T. Z., Michael, N., & Michael, I. (2019). A consumer neuroscience Study of conscious and Subconscious Destination preference. Scientific reports, 9(1), 1-8.

 
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Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States