Jackson Cionek
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Eus Tensionais e Consumo Energético Cerebral - Um Modelo Vivo entre Neurociência, Bioafetividade e Pertencimento

Eus Tensionais e Consumo Energético Cerebral - Um Modelo Vivo entre Neurociência, Bioafetividade e Pertencimento

A compreensão contemporânea da mente humana exige que abandonemos a visão mecanicista e fragmentada do cérebro como apenas um “órgão pensante” isolado. A partir de uma perspectiva neurodecolonial, passamos a entender o cérebro como um território vivo e tensionado, que metaboliza experiências afetivas e sociais através de circuitos neurovasculares e bioelétricos dinâmicos. Neste contexto, propomos o modelo dos Eus Tensionais, que descreve como diferentes estados de consciência emergem a partir da interação entre emoções primárias, contextos relacionais e fluxos fisiológicos como oxigenação, ativação cortical e consumo energético.

Do Estado ao Eu: Cérebro como Ecossistema Tensional

Decolonial Neuroscience - Eus Tensionais and Brain Energy Consumption - Neurociencia Bioafectividad y Pertenencia
Decolonial Neuroscience - Eus Tensionais and Brain Energy Consumption - Neurociencia Bioafectividad y Pertenencia

Ao invés de assumir um "Eu conectomas-dinamicos-metabolismo-existencial-e-saberes-decoloniais" target="_blank" rel="noopener noreferrer">metabolismo-existencial-como-arquitetura-da-consciencia-e-da-acao" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Existencial" estático e fixo, o modelo propõe que o que chamamos de "eu" seja na verdade um estado bioenergético temporário — o Eu Tensional. Cada Eu é moldado por:

* Uma origem bioafetiva (ex: medo + controle → Eu Perfeccionista)

* Uma função neuroafetiva (ex: evitar erro, manter coerência moral)

* Uma configuração específica de:

  * Regiões corticais cerebrais ativas (via NIRS)

  * Padrões eletrofisiológicos (via EEG)

  * Faixa de oxigenação periférica (via SpO₂)

Cada Eu disputa espaço com os outros numa espécie de ecossistema neural que metaboliza, alterna ou cronifica essas tensões conforme o contexto e o histórico do indivíduo.

Hubs Cerebrais, Energia e Eus Tensionais

Os hubs cerebrais — como o DLPFC (córtex pré-frontal dorsolateral), ACC (córtex cingulado anterior), PCC (córtex cingulado posterior) e vmPFC (córtex pré-frontal ventromedial) — são regiões altamente conectadas e energeticamente exigentes. O cérebro utiliza cerca de 20% da energia do corpo, mas essa energia não é distribuída de forma constante. Ela flui conforme os estados mentais vivenciados — e, portanto, conforme os Eus ativados.

Tipo de Eu TensionalHubs RecrutadosCusto Energético EstimadoExemplo
Executivos (Eu¹²)DLPFC, SMAModerado e eficientePlanejamento com foco
Moralizantes (Eu¹⁵, Eu¹⁶)DLPFC, ACC, OFCAlto e sustentadoControle interno rígido
Afetivos (Eu¹⁷, Eu²⁰)vmPFC, PCCBaixo a moderado com sincroniaPresença e compaixão
Alerta/Reativo (Eu¹⁸, Eu²⁴)ACC, ínsula, DLPFCMuito alto e instávelCrises emocionais e hipervigilância

Ou seja, os Eus não são os hubs, mas ativam configurações específicas de redes que consomem energia de maneira distinta — o que se reflete em:

* aumento ou queda de OxyHb (NIRS),

* padrões EEG específicos (beta, alpha, theta, microestados),

* e variações de SpO₂ periférica.

SpO₂ como Janela Bioafetiva

Durante estados de presença plena, foco ou fruição, é comum observar uma leve hipercapnia compensada, com SpO₂ entre 94–97% — associada à:

* vasodilatação cortical (sobretudo em pré-frontais),

* aumento do fluxo sanguíneo cerebral (CBF),

* melhor liberação de oxigênio para o tecido ativo (efeito Bohr),

* estabilidade emocional e otimização do Eu Tensional funcional.

Por outro lado, estados de hiperventilação ou ansiedade (Eus de alerta, controle ou pânico) apresentam SpO₂ elevada demais (>99%), com vasoconstrição cerebral e desorganização do processamento.

Tabelas Integradas: NIRS, EEG e SpO₂ nos Eus

Eus Funcionais (Reguladores)

Eu TensionalÁreas (NIRS)EEGSpO₂ Típica
ExecutorDLPFC, SMABeta ↑, teta ↓94–96%
CuidadorvmPFC, ACCTeta/alpha ↑94–96%
FruiçãoPCC, PFC medialAlpha ↑, microstates suaves94–95%
InspiradorTPJ, DLPFCTeta/alpha ↑, beta leve94–96%

Eus de Alerta ou Dissociação

Eu TensionalÁreas (NIRS)EEGSpO₂ Típica
PânicoACC instávelBeta >30Hz, incoerente100%
Super-HeróiDLPFC, SMAGamma ↑, rigidez99–100%
AutoabandonovmPFC, PCCTeta ↑, desconexão92–94%
VigilanteACC, DLPFCBeta/gamma ↑99–100%

Evidências Científicas de Apoio

* Kohl et al. (2020): SpO₂ elevada pode indicar vasoconstrição cerebral → relevante para entender crises como no Eu Pânico.

* Scholkmann et al. (2014): Flutuações de OxyHb/DeoxyHb via NIRS identificam transições emocionais rápidas.

* Wallois et al. (2012): Microestados de EEG podem ser correlacionados com padrões hemodinâmicos → útil na identificação de Eus Dissociativos.

* Ehlis et al. (2014): Relações entre disfunções do DLPFC e perfis rígidos como Eu Perfeccionista.

Conclusão: Energia como Linguagem dos Eus

"O Eu conectomas-dinamicos-metabolismo-existencial-e-saberes-decoloniais" target="_blank" rel="noopener noreferrer">metabolismo-existencial-como-arquitetura-da-consciencia-e-da-acao" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Existencial não existe. O que existe é a tensão energética do viver em consciência corporal temporária."

Nosso modelo oferece uma visão viva e integrada do cérebro - onde o pertencimento, a emoção e a energia formam a tríade que dá origem aos Eus. Essa abordagem decolonial não separa mente e corpo, tampouco espiritualidade e ciência: ela reconhece o corpo-território como palco energético das experiências humanas, em tempo real, com evidência mensurável.

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Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States