Rodrigo Oliveira
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Neuroantrapologia - conhecendo as divindades latino-americanas do período pré-colombiano e sua relação com a neurociência

Neuroantrapologia - conhecendo as divindades latino-americanas do período pré-colombiano e sua relação com a neurociência




   Estamos inseridos em uma sociedade fortemente multicultural em todas as partes do mundo. A cultura acaba moldando o indivíduo que está imerso nela, podendo traçar desde sua personalidade até os valores éticos e morais de um indivíduo (Cognição individual), além de está intimamente relacionado com o processo de formação de uma Cognição Social. Trabalhos mostram que  fatores ambientais externos podem definir o que uma criança pode tornar-se quando adulta. Além disso, trabalhos realizados com EEGfNIRS e fMRI mostram por exemplo que crianças que viveram uma infância em uma família com condição socioeconômica baixa apresentaram alterações prejudiciais cerebrais funcionais e estruturais. Além disso, sabemos que 0 aos 11 anos, o cérebro da criança pode chegar a possuir o dobro de sinapses do cérebro adulto (principalmente em 12 meses após o nascimento), sendo uma fase na qual aprendemos com mais facilidade. Sabendo de tudo isso, se torna necessário desenvolver métodos e políticas que conduzam esse desenvolvimento cognitivo-funcional individual visando a melhora das relações sociais.

  Nesse contexto, surgem possibilidades de intervenção na tentativa de modificar comportamentos nocivos à sociedade a partir da não focalização de conceitos culturais, ou seja, expor a criança desde cedo a conteúdos multiculturais livre de preconceitos estabelecidos pela sociedade em que a criança vive, sempre prezando a idéia de que a moral e os valores éticos são fatores variantes de tempo e espaço. Isso pode ser possível,  por exemplo, através do estudo cultural de civilizações presentes na américa latina antes do período colonial, como os Olmecas, Incas, Maias dentre outras civilizações. 
 
   Com a grande influência cultural e religiosa baseados no Eurocentrismo, conhecimento sobre essas civilizações se torna cada vez mais distante de nossa realidade. Visando valorizar e tornar mais acessível assuntos focados a culturas latino-americanas, vamos abordar conteúdos voltados a essas civilizações pré-colombianas, com intuito de oferecer mais conhecimento para implementação de ferramentas educativas e tecnológicas que contribuam de alguma forma para normalização e desenvolvimento cognitivo-cultural social. Aqui, vamos falar um pouco sobre as principais civilizações da américa latina no período pré-colombiano e seus deuses. 
 
 Os povos pré-colombianos são aqueles que viviam na América antes da chegada de Cristóvão Colombo. Eram extremamente hierarquizadas com o imperador no topo da hierarquia, seguido pelos sacerdotes, chefes militares, guerreiros e camponeses que cultivavam a terra. As principais dessas civilizações eram politeístas, ou seja,  que cultuavam mais de uma divindade ligadas ao ciclo da vida. Existiram várias civilizações por todo a América Latina, como os  incas, astecas, maias, aimaras, tikunas, nazcas, olmecas e muitas outras. Aqui, vamos falar um pouco das principais dinvindades.


Maias 

     Os maias surgiram por volta de 2.600 antes de Cristo e foram uma das primeiras. Eles foram extremamente importantes por desenvolver um sistema de escrita eficiente com excelência. Sua escrita hieroglífica e se destacavam por uma arquitetura exuberante. Tikal, Palenque, Copán e Calakmul são famosas cidades construídas por eles. A civilização maia abrangeu a região central do México, além de áreas da Guatemala, El Salvador, Belize e Honduras.  Suas divindades apresentavam um caráter ambivalente, que podia ter um aspecto positivo, tanto quanto negativo, e possuíam relação com a natureza e cosmologia. Algumas dinvindades maias: Ah Puch, Hun Batz, Hunab Kú, Huracán, Itzamná, Kukulkán, Kinich Aha, UIxchel, Chaac, Bitol. Ah Puch, também chamado de xibalba, é o dinvindade maia da morte. Era responsável por capturar almas de doentes, queimá-las ou transformá-las em animais domésticos úteis, ou como punição transformam a mesma em macacos pregos. Seus símbolos eram um crânio e a cabeça de um cadáver. Hun Batz, junto com seu irmão gêmeo Hun Chouen, são as dinvidades da música e da arte. Já foram humanos mortais e sobreviviam de atividades artísticas, mas um dia foram enfeitiçados por uma árvore mágica e viraram macacos.
 

Olmecas

   Os olmecas, junto com os Maias, também foram uma das primeiras civilização pré-hispânica considerada a primeira na Guatemala e no México  próximo de onde hoje estão localizados os estados de Veracruz e Tabasco.  Se desenvolveram aproximadamente entre os anos 1500 antes de nossa era e ano 400. Assim como os maias, eles também escreviam em hieróglifos, e se destacaram por ser bons agricultores, artistas, matemáticos e astrônomos. Os olmecas nunca construíram quaisquer grandes cidades, Mesmo sendo uma civilização grande e que existiu por bastante tempo. Os várias dinvindades que formaram a religião olmeca estavam principalmente ligados à agricultura, animais e natureza. São algumas dinvindades: Homshuk, Nahual, homem Jaguar, homem de pedra, entre outros. Homshuk, também chamado de Nahual, era uma dinvindade dos mais importantes dessa cultura pré-hispânica. O deus da onça estava ligado a ferocidade, a força,  a fertilidade e a chuva e, em alguns casos, ele também estava relacionado a pessoas específicas importantes como líderes religiosos. Os olmecas consideram a onça-pintada como um xamã do mundo natural, razão pela qual ele tinha uma certa preponderância em relação aos outras dinvindades que eles adoravam.  Nahual ou a dinvindade do milho é caracterizado principalmente por não ter um gênero definido. Ele foi representado em várias esculturas e criações olmecas bem populares na cultura olmeca. Também era considerado uma dinvidade do sol e uma das dinvidades mais cultuados visto a importância do milho para esse povo.  
 

Incas 
 
     Os incas viveram aproximadamente de 3.000 antes de nossa era até 1.533, com mais abrangência no Peru, além de influenciar territórios do norte do Chile, Bolívia e Equador, nas regiões dominadas pela Cordilheira dos Andes. Com uma população de cerca de 20 milhões, o poder era centralizado na figura de um soberano chamado Inca (o filho do sol). São algumas dinvindades: Inti, Viracocha, Mama Quilla, Pacha Mama, Mama Sara, Wacon, Supay, entre outros. Viracocha é uma dinvindade suprema criador, pai de todos as outras dinvindade inca e foi ele quem criou a terra, o céu, o sol, a lua e todos os seres vivos. Foi quem trouxe as artes, ensinamentos e humanidade para a civilização. Pacha Mama é a dinvidade que representa a Mãe Terra e divindade máxima, o culto à Pachamama é o mais importante nos territórios andinos. Ela prove a vida, o sustento, a assistência e tudo o que for necessário para manter o mundo em harmonia.








Astecas 

Considerada a mais "nova" das civilizações descritas, os astecas surgiram em cerca de 1325 até 1521. Os astecas atingiram um alto grau de desenvolvimento tecnológico e cultural, organizando-se em diversas classes sociais, tais como nobres, sacerdotes, guerreiros, comerciantes e escravos. Eles possuíam uma escrita pictográfica e dois calendários (astronômico e litúrgico). São algumas dinvidades: Huitzilopochtli, Chalchiutotolin, Quetzalcóatl, Xiuhtecuhtli Xipe, Totec Atlacoya, Centeotl,Acuecucyoticihuati, Tlaloc. Huitzilopochtli é a divindade  da guerra, sol e sacrifício humano. Ele também era a dinvindade nacional dos mexicas, também conhecidos como astecas, de Tenochtitlan. Guiou o povo durante todas suas migrações territoriais.  Chalchiutotolin era a dinvidade da doença e da peste. pode influenciar os humanos para sua autodestruição, e poderia assumir forma de perú para purificá-los.










 
Segue uma playlist sobre o assunto que fizemos para você:




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Neuroanthropology - Olmecas

07:00:00 - 09:20:00

Olmecas


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Neuroanthropology - Maias

09:20:00 - 12:50:00

Maias


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Neuroanthropology - astecas

12:50:00 - 15:40:00

astecas


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Neuroanthropology - incas

15:40:00 - 18:20:00

incas


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Neuroanthropology - Deuses Pré-colimbianos

18:20:00 - 21:30:00

Pré-colimbianos


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Religare - Inteligência espiritual

00:00:00 - 01:20:00

Inteligência espiritual


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Religare - Religião e neurociência

01:20:00 - 04:25:00

Religião e neurociência


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Religare - Raizes do Brasil

04:25:00 - 07:00:00

Raizes do Brasil


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Neuropolitics- neuroeconomic

21:30:00 - 23:59:00

neuroeconomia


Referências:

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, Bruno. Olhares da História – Brasil e Mundo. São Paulo: Ática, 2019.
 
MOCELLIN, Renato. História para o Ensino Médio. São Paulo: IBEP, 2014.
 
Whiten, A. (2019). Cultural Evolution in Animals. Annual Review of Ecology, Evolution, and Systematics, 50(1). doi:10.1146/annurev-ecolsys-110218-025040 

Domínguez, D. JF, et al. "The brain in culture and culture in the brain: a review of core issues in neuroanthropology." Progress in brain research 178 (2009): 43

WIJEAKUMAR, Sobanawartiny et al. Early adversity in rural India impacts the brain networks underlying visual working memory. Developmental science, v. 22, n. 5, p. e12822, 2019.

Noguez, X., López, A. “Dos homens e deuses” no Conselho Editorial da Administração Pública Estadual. Recuperado em 18 de março de 2019 do Conselho Editorial da Administração Pública Estadual: ceape.edomex.gob.mx

Delgado, G. “História do México, volume 1” no Google Livros. 

Magni, C. “O sistema de pensamento olmeca, México: originalidade e especificidades. O código glifico e linguagem corporal ”em Scielo. 
 
https://www.worldhistory.org/article/


Sovereignty and Secular Transcendence - The Body as Universal Territory

Soberanía y Trascendencia Laica - El Cuerpo como Territorio Universal

Soberania e Transcendência Laica - O Corpo como Território Universal

Decolonial Neural Education and the Reenchantment of Knowledge - Sovereignty and National Defense

Educación Neural Decolonial y el Reencantamiento del Saber - Soberanía y Defensa Nacional

Educação Neural Decolonial e o Reencantamento do Saber - Soberania e Defesa Nacional

The Planetary Mind and the Decoupling of Financial Markets - Sovereignty and National Defense

La Mente Planetaria y el Desacoplamiento del Mercado Financiero - Soberanía y Defensa Nacional

A Mente Planetária e o Desacoplamento do Mercado Financeiro - Soberania e Defesa Nacional

The Planet as Body-Territory and Global Neural Diplomacy - Sovereignty and National Defense

El Planeta como Cuerpo Territorio y la Diplomacia Neural Global - Soberanía y Defensa Nacional

O Planeta como Corpo Território e a Diplomacia Neural Global - Soberania e Defesa Nacional

Neural Diplomacy and the Planetary Body-Territory - A Bioeconomic Framework for Solving Global Migration

Neural Diplomacy and the Planetary Body-Territory - Sovereignty and National Defense

Diplomacia Neural y el Cuerpo Territorio Planetario - Soberanía y Defensa Nacional

Diplomacia Neural e União Latino-Americana do Pertencimento - Soberania e Defesa Nacional

The Economy as the National Nervous System - Sovereignty and National Defense

La Economía como Sistema Nervioso Nacional - Soberanía y Defensa Nacional

A Economia como Sistema Nervoso Nacional - Soberania e Defesa Nacional

Public Algorithms and Ethical State AI - Sovereignty and National Defense

Algoritmos Públicos e IA Ética de Estado - Soberanía y Defensa Nacional

Algoritmos Públicos e IA Ética de Estado - Soberania e Defesa Nacional

Neuroecological Education and Cognitive Sovereignty - Sovereignty and National Defense

Educación Neuroecológica y Soberanía Cognitiva - Soberanía y Defensa Nacional

Educação Neuroecológica e Soberania Cognitiva - Soberania e Defesa Nacional

Information Control and the Synchronization of Tensional Selves - Sovereignty and National Defense

Control de la Información y Sincronización de los “Eus Tensionales” - Soberanía y Defensa Nacional

Controle da Informação e Sincronização dos Eus Tensionais - Soberania e Defesa Nacional

Regulation of Social Networks as National Cognitive Defense - Sovereignty and National Defense

Regulación de las Redes Sociales como Defensa Cognitiva Nacional - Soberanía y Defensa Nacional

Regulação das Redes Sociais como Defesa Cognitiva Nacional - Soberania e Defesa Nacional

The Damasian Mind and the Neural Origin of Civic Responsibility - Sovereignty and National Defense

Mente Damasiana y el Origen Neural de la Responsabilidad Cívica - Soberanía y Defensa Nacional

Mente Damasiana e a Origem Neural da Responsabilidade Cívica - Soberania e Defesa Nacional

Carbon Credits as the Extension of Planetary Interoception - Sovereignty and National Defense

Créditos de Carbono como Extensión de la Interocepción Planetaria - Soberanía y Defensa Nacional

Créditos de Carbono como Extensão da Interocepção Planetária - Soberania e Defesa Nacional

The Mixed International Currency and the Separation of the Financial Market - Sovereignty and National Defense

Moneda Mixta Internacional y la Separación del Mercado Financiero - Soberanía y Defensa Nacional

Moeda Mista Internacional e a Economia Bioenergética - Soberania e Defesa Nacional

Decoupling the Financial Market and Derivatives - Sovereignty and National Defense

Desacoplamiento del Mercado Financiero y los Derivados - Soberanía y Defensa Nacional

Desacoplamento do Mercado Financeiro e Derivativos - Soberania e Defesa Nacional

DREX Citizen as the Vital Energy of Democracy - Sovereignty and National Defense

DREX CIUDADANO como Energía Vital de la Democracia - Sovereignty and National Defense

DREX CIDADÃO como Energia Vital da Democracia - Soberania e Defesa Nacional

Neuroscience of Belonging and the Human Quorum Sensing (QSH) - SOVEREIGNTY AND NATIONAL DEFENSE

Neurociencia del Pertenecer y el Quorum Sensing Humano (QSH) - SOBERANÍA Y DEFENSA NACIONAL

Neurociência do Pertencimento e o Quorum Sensing Humano (QSH) - SOBERANIA E DEFESA NACIONAL


Deputado Federal Joinville - Soberania Nacional Fapesc 60-2025
Soberania Nacional Fapesc 60/2025
Deputado Federal Joinville 

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Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States