Neuroengenharia - Mapeando a Consciência -Brain Bee Ideia - SBNeC

Neuromodulação e Plasticidade – Quando a Mente se Refaz pelo Corpo Vivo

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Imagine a consciência como uma cidade invisível dentro do seu cérebro, feita de ruas elétricas, praças simbólicas e luzes que piscam em harmonia. A Neuroengenharia é o urbanismo dessa cidade: mapeia circuitos, descobre atrofias, e revela lugares onde sua presença ainda pode renascer. E agora, contamos com glia — as células de apoio — e sinais do sangue para tornar esse mapa ainda mais vivo.

Estrutura biológica expandida: neurônios, glia e modelos multiescala

• Um estudo recente apresenta um modelo multiescala (3D–1D–0D) da unidade neuro-glio-vascular, especialmente na região do complexo vagal dorsal. Esse modelo integra atividade neuronal, sinalização de cálcio astroglial e dinâmica vascular (fluxo sanguíneo), demonstrando como os astrócitos regulam vasos cerebrais para otimização metabólica — fundamental na preparação para estados simbólicos (Zona 2). Publicação de 2025 no repositório arXiv.
  
  

• Modelos emergentes também destacam o papel da arquitetura do microambiente sináptico, em que astrócitos e matriz extracelular moldam a geometria sináptica e influenciam o estado de consciência e a transmissão de sinais simbólicos. Revisão publicada no Egyptian Journal of Neurology, Psychiatry and Neurosurgery (2023).
  
  

Biomarcadores sanguíneos e consciência

• No campo clínico, biomarcadores sanguíneos crescem em relevância para diagnósticos de comprometimento consciente (DoC). Destaque para biomarcadores neurais, gliais, inflamatórios e metabólicos, que ajudam a diferenciar estados vegetativos, coma e potencial de recuperação. Revisão publicada no Frontiers in Neurology (2024).
  
  

• GFAP (proteína glial fibrilar ácida) tem se mostrado eficaz para identificar lesões sutis do sistema nervoso central, com implicações importantes para entender o grau estrutural de aprisionamento (Zona 3). Revisão publicada em Nature Reviews Neurology (2021).
  
  

• Outras direções emergentes incluem biomarcadores como proteína S100B, liberada por astrócitos após lesão cerebral, e que pode ser útil para mapear impacto emocional ou simbólico em trajetórias ideológicas. Revisão publicada em Psychiatric Times (2024).
  
  

EEG e fNIRS: Leituras com elo entre glia, sangue e consciência

• EEG → Vantagens: alta resolução temporal, ideal para capturar transições microestatais entre modos de consciência (ex: de Zona 3 para Zona 2).
  Limitações: baixa precisão espacial, vulnerabilidade a artefatos (movimento, musculares).
  
  

• fNIRS → Vantagens: acessível, portátil; mede oxigenação cortical superficial (HbO e HbR), refletindo atividade simbólica em áreas como ínsula e pré-frontal.
  Limitações: não capta estruturas profundas nem explica efeitos glio-vasculares.
  
  

• Em conjunto: EEG detecta a “faísca elétrica”; fNIRS observa o “fluxo de combustível” que sustenta a reorganização simbólica.
  
  

Aplicações inovadoras

1. Modelagem computacional multiescala orienta design de protocolos para identificar zonas de fruição (Zona 2) por dados EEG–fNIRS.
   
   

2. Biomarcadores gliais (GFAP, S100B) podem ser usados para avaliar o estado estrutural da consciência e o grau de aprisionamento simbólico.
   
   

3. Integração de imagem + bioquímica oferece um mapa consistente entre função e estrutura: se há vascularização simbólica (via fNIRS), suporte glial recente (biomarcador sanguíneo) e microstate ativo (EEG), então a Cidade Interna está pronta para recomeçar.
   
   

Conclusão

Na Neuroengenharia, construir mapas da consciência exige combinar a arquitetura sináptica (neuronal e glial), a vascularização simbólica e os sinais que fluem no sangue. EEG e fNIRS oferecem os olhos e o pulso dessa cidade interna, enquanto biomarcadores como GFAP e S100B dão pistas dos alicerces invisíveis. É assim, integrando esses níveis, que podemos finalmente acessar o "lugar de ser" da mente — seu jeito único de existir como corpo e símbolo.