Jackson Cionek
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O Vale das Almas Perdidas - Neurociências Decolonial nos estudos de Sono fase N2

O Vale das Almas Perdidas - Neurociências Decolonial nos estudos de Sono fase N2

Consciência em Primeira Pessoa

”“Eu sou Consciência em travessia mais funda. Como em SandMan, já não caminho apenas entre espíritos soltos: agora sinto as imagens se ligarem a emoções, transformando-se em pei-utupes — as almas. Este é o Vale das Almas Perdidas: lugar de processamento, onde memórias emocionais são trabalhadas, protegidas e consolidadas. É aqui que o dia encontra repouso dentro de mim.”

O Grito da Neurociência Decolonial – Entre Evidência e Pertencimento - SBNeC SfN 2025 Brain Bee
O Grito da Neurociência Decolonial
Entre Evidência e Pertencimento - SBNeC SfN 2025 Brain Bee


A Ciência do Sono — EEG em N2

  • Fusos do sono (11–16 Hz) e complexos-K marcam o estágio.

  • O cérebro filtra estímulos externos, permitindo que sons e palavras se convertam em ecos internos.

  • Estudos mostram que, em N2, há reativação seletiva de memórias emocionais com prioridade para aquelas marcadas pelo afeto.

  • Os fusos acoplados a ripples hipocampais sustentam a passagem de traços do hipocampo ao neocórtex.


A Ciência do Sono — fNIRS/NIRS em N2

  • Oscilações de HbO/HbR sincronizadas a complexos-K e fusos.

  • Flutuações regionais de hemodinâmica acompanham eventos rápidos detectados pelo EEG.

  • fNIRS mostra que N2 é classificável com boa acurácia usando machine learning.

  • Em estudos recentes, percebeu-se aumento da dinâmica glymphática em NREM2, com fluxo de fluido ligado ao “limpar” metabólico.


Experiência vivida: Palavras sem significado

No N2, é comum a experiência de ouvir ou pensar palavras desconexas, conjuntos de sons organizados como se fossem linguagem, mas sem sentido semântico.

  • Neurocientificamente, isso ocorre porque áreas da linguagem (como o giro temporal superior) ainda disparam em fragmentos, mas a rede semântica não está totalmente ativa.

  • São utupe de linguagem: formas puras sem emoção nem referência contextual.

  • Quando ligados à emoção, podem se tornar pei-utupes — memórias emocionais de frases, tons de voz, interações sociais.

Esse fenômeno é descrito por pesquisadores como proto-discursos oníricos, e reflete a fase em que o cérebro está testando a sintaxe, mas sem acessar o significado.


Ponte Yanomami + Ciência

Aqui, a metáfora se alinha: no Vale das Almas Perdidas, vemos almas-palavras vagando sem corpo semântico. O EEG mostra fusos e K-complexos protegendo essa fase; o fNIRS mostra oscilações hemodinâmicas que sustentam o trânsito interno. Assim como as almas Yanomami precisam de ligação para não se perderem, nossas memórias emocionais precisam ser organizadas — ou se dissipam em palavras vazias.


Glossário Yanomami ↔ Neurociência

  • Xapiri → essência, comparável a fragmentos perceptivos.

  • Utupe → imagem mental; em N2, pode aparecer como palavras sem sentido ou sons linguísticos desconexos.

  • Pei-Utupe → quando esses fragmentos se unem à emoção, tornam-se memórias emocionais consolidadas.


Referências (pós-2020)

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Jackson Cionek

New perspectives in translational control: from neurodegenerative diseases to glioblastoma | Brain States